A aula 6 está no Blog! Chegou a hora e a vez de pensar o tempo presente e a emergência das intelectuais negras

A aula de Martha Abreu foi um show de emoção e conhecimento. Quem não viu, confira aqui no Blog. Quem assistiu, vale a pena ver de novo e conferir a bibliografia completa ao final do post.

Aula de Martha Abreu (UFF/UNIRIO)

Na sequência da aula, Martha deu também uma super entrevista ao Podcast do IMAM (Laboratório de Imagem, Memória, Arte e Metrópole da UFRJ) e do BR-PHCP (Pesquisadores em História Cultural e Politica da UFF) comandado por Andréa Casanova e Karla Carloni.

Discussão sobre o campo de estudos do Pós-abolição no Brasil, desafios e perspectivas para a historiografia contemporânea.

Na próxima quarta, é a hora e a vez de Giovana Xavier, professora da UFRJ,

Giovana Xavier – UFRJ

Ela vai nos falar sobre o tema “Intelectuais Negras: história do pós-abolição no tempo presente“. Em suas palavras:

“Meu objetivo é fazer uma aula de história do Brasil fundamentada na história intelectual de mulheres negras. Uma abordagem historiográfica originária da articulação entre História Social e Pensamento Feminista Negro. Alternativa ao eurocentrismo, tal abordagem caracteriza-se pelo compromisso com o diálogo e a produção teórica extra-muros universitários e pelo investimento em ensinar e pesquisar trajetos e experiências das classes trabalhadoras com aportes teórico-metodológicos exclusivos de autoras negras – brasileirxs, afro-americanxs e latinxs. Inspirada pelo conceito de “linha de continuidade histórica”, da historiadora Maria Beatriz Nascimento (1942-1995), apresentarei exemplos de trabalho nessa nova perspectiva e também uma genealogia de intelectuais negras brasileiras entre os séculos XIX e XXI. Integrada por mulheres como Maria Firmina dos Reis (1822-1917), Carolina Maria de Jesus (1914-1977) e nossas contemporâneas Conceição Evaristo, Deise Benedito, Lúcia Xavier, Maria Clara Araújo, Miriam Alves, Sueli Carneiro, esta genealogia contribui para expandir os sentidos de intelectual e criar novos marcos temporais para estudo da história do Brasil. Alinhada à premissa feminista negra de articulação entre pensar e fazer e em sintonia com as transformações nas universidades públicas e no mercado editorial, o programa da aula também abrange temas como: demandas de novas gerações acadêmicas, desafios à validação de conhecimentos científicos de intelectuais negras e a sala de aula como espaço de autoria, pesquisa e produção de novos sentidos de academia.”

Aula 6: O pós abolição e a luta antirracista no campo cultural

Martha Abreu (UFF/UNIRIO)

Bibliografia:

ABREU, M., DANTAS, C. V., MATTOS, H., LONER, B. e MONSMA, K.(Orgs.) Histórias do pós-abolição no mundo Atlântico. Niterói, Eduff, vol. 1, 2 e 3, 2013 (disponível on line).

ABREU, M.. XAVIER, G., BRASIL, E., MONTEIRO, L. (orgs). Cultura Negra, Novos Desafios para os Historiadores (vol. 2 – Trajetórias e Lutas de Intelectuais Negros). Niterói: Eduff, 2018, p. 266-196 (disponível on line).

ABREU, Martha. Da Senzala ao Palco. Canções Escravas e Racismo nas Américas,  1870-1930. Coleção Historia Ilustrada, Editora da Unicamp [e-pub3 e e-pub2], 2017.

ALBUQUERQUE, Wlamyra. O Jogo da dissimulação: abolição e cidadania negra no Brasil. São Paulo, companhia das Letras, 2009.

ARANTES, Erika Bastos. A estiva se diverte: organizações recreativas dos trabalhadores do porto carioca nas primeiras décadas do século XX. Revista Tempo. Vol. 31, no. 27.

BARBOSA, Alessandra T. de S. Pessanha. “A Escola de Samba tira negro do local da informalidade”: Agências e associativismos negros a partir da trajetória de Mano Eloy (1930-1940), Tese de Doutorado. PPGH/UFRRJ, 2018.

CASTILLO, Lisa Earl. “Bamboxê Obitikô e a expansão do culto aos orixás (século XIX): uma rede religiosa afroatlântica”. Revista Tempo  Vol. 22 n. 39. 2016.

CHALHOUB, Sidney e PINTO, Ana Flávia Magalhães. Pensadores Negros, Pensadoras Negras (Brasil séculos XIX e XX). Cruz das Almas, EDUFRB, Belo Horizonte, Fino Trato, 2016.

CUNHA, Maria Clementina Pereira. “Não tá sopa”: sambas e sambistas no Rio de Janeiro, de 1890 a 1930. Coleção Historia Ilustrada, Editora da Unicamp [e-pub3 e e-pub2], 2015.

DANTAS, Carolina Viana e Abreu, Martha. Monteiro Lopes e Eduardo das Neves: histórias não contadas de Primeira República. Coleção Biografias do Pós-abolição. Niteroi, (no prelo)

DOMINGUES, Petrônio. Protagonismo negro em São Paulo. História e Historiografia. São Paulo, SESC, 2019.

DOMINGUES, Petrônio. Cidadania por um fio: o associativismo negro no Rio de Janeiro (1888-1930). Revista Brasileira de História. São Paul, v. 34, no. 67, 2014.

GOLDMACHER, M., BADARÓ, M., TERRA, P. C. Faces do trabalho: escravizados e livres. Niteroi, Eduff, 2010.

GOMES, Angela C. e Abreu, M. A nova “Velha” República: um pouco de história e historiografia Revista Tempo Nº 26 Vol. 13 – Jan. 2009

GOMES, Flavio. Negros e Política (1888-1937). Rio de Janeiro, Zahar, 2005.

GOMES, Flávio S e CUNHA, Olivia. Quase cidadão: histórias e antropologias da pós- -emancipação no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2007.

GOMES, Flavio e Domingues, Petrônio (orgs). Experiências da Emancipação. Biografias, instituições e movimentos sociais no pós-abolição (1890-1980). São Paulo, Selo Negro, 2011.

LONER, Beatriz. Construção de Classe: Operários de Pelotas e Rio Grande. Pelotas, Ed. UFPEL. 2016

LOPES, Nei. Partido-Alto, Samba de Bamba. Rio de Janeiro: Pallas, 2005.

MATTOS, Hebe. “A Vida Política (Além do Voto: Cidadania e Participação Política na Primeira República Brasileira)”. In: Lilia Moritz Schwarcz. (Org.). História do Brasil Nação: 1808-2010, Vol.3. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

MATTOS, Hebe & ABREU, Martha. “Jongo, registros de uma história”. In: LARA, Silvia & PACHECO, Gustavo (org.). Memória do jongo, as gravações históricas de Stanley J. Stein, Vassouras, 1949.  Rio de Janeiro, Folha Seca, Campinas, Cecult, 2007.

MATTOS, Hebe & RIOS, Ana Lugão. Memórias do cativeiro. Família, trabalho e cidadania no pós-Abolição, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2005.

MENDONÇA, Joseli Maria Nunes de. Evaristo de Moraes: tribuno da República. Campinas, Ed. da UNICAMP, 2007.

MONSMA, Karl. A reprodução do racismo. Fazendeiros, negros e imigrantes no oeste paulista, 1880-1914. São Carlos, EDUFSCAR, 2016.

MORAES, Renata Figueiredo. As festas da Abolição: O 13 de Maio e seus significados no Rio de Janeiro (1888-1908). PPGH PUC/RJ, Tese de Doutorado, 2012.

NASCIMENTO, ALVARO P. Cidadania, Cor e Disciplina na Revolta dos Marinheiros de 1910. Rio de Janeiro, Mauad/Faperj, 2008.

NEPOMUCENO, Eric Brasil. Carnavais Atlânticos: cidadania e cultura negra no pós-abolição. Rio de Janeiro e Port-of-Spain, Trinidad (1838-1920). Tese de Doutorado, PPGH/UFF, 2017.

OLIVEIRA, Fernanda. As lutas políticas nos clubes negros: culturas negras, cidadania e racialização na fronteira Brasil-Uruguai no pós-abolição (1870-1960). Tese de Doutorado. Porto Alegre, UFRGS.

PARÉS, Luis Nicolau. A Formação do Candomblé. História e Ritual da nação jeje na Bahia. Campinas, Ed. Unicamp, ebook, 2018.

POSSIDONIO, Eduardo. Entre Ngangas e Manipansos. A religiosidade centro-afriana nas freguesias urbanas do Rio de Janeiro de fins do oitocentos (1870-1900). Salvador, Sagga, 2018.

PEREIRA, Amilcar. O mundo negro: relações raciais e a constituição do movimento negro contemporâneo no Brasil. Rio de Janeiro: Pallas, 2013.

PEREIRA, Leonardo, A. M. Os Anjos da Meia-Noite: trabalhadores, lazer e direitos no Rio de Janeiro da Primeira República. Revista Tempo, 2013, vol.19, n.35.

PEREIRA, Leonardo, A. M As barricadas da saúde. Vacina e protesto popular no Rio de Janeiro da primeira república. São Paulo, Editora Fundação Perseu Abramo, 2002.

PINTO, Ana Flávia Magalhães. Escritos de Liberdade: literatos negros, racismo e cidadania no Brasil oitocentista. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2018.

SANTOS, Aderaldo Pereira. A Arma da Educação: Cultura política, cidadania, antirracismo nas experiências do professor Hemetério José dos Santos (1870 – 1930). Tese de Doutorado. Faculdade de Educação, UFRJ, 2018.

SCHUELER, Alessandra de. Felismina e Libertina vão à escola:  Notas sobre a escolarização nas freguesias de Santa Rita e Santana (Rio de Janeiro, 1888-1906). Revista História da Educação. Vol. 19, no. 46. Santa Maria, 2015.

SILVA, Alessandra L. Pela Liberdade e Contra o Preconceito de Cor: a trajetória de Israel Soares. Revista Eletrônica Documento e Monumento, 21, julho, 2017.

SILVA, Sormani. Mano Eloi e o samba na dinâmica da cultura brasileira. Um semeador de escolas de samba. Textos escolhidos de cultura e arte populares. Rio de Janeiro, vol. 12, no. 2, 2015.

XAVIER, Giovana. Histórias da escravidão e do pós-abolição para as escolas. Salvador, Ed. UFRB/Fino Trato, 2016.

Deixe um comentário

Arquivado em antiracismo, história pública, historiografia, Pos-abolição

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s